
A pintura de Mazé passou por uma travessia, desde o tempo em que praticava o registro de protesto, em que alcançou aparências de esplêndida elaboração.
As meditações de Pierrot, os temas de Carnaval, de teatro & camarim, as pesquisas que fez dos limites da abstração a que se pode levar a figura humana, formam o novo período.
Maravilha, ela renovar impetuosamente as percepções luminosas e transitar de fase para fase de um modo para outro modo de sentir, evoluindo de um amor de tintura quase estritamente social, para a síntese que hoje há disso com a despreocupação com a história, amor tátil e direto onde apenas ao fundo mal se adivinha uma história.
Constante em Mazé é a audácia da procura, que se refere livremente à tradição e às suas escolas inumeráveis: procura que atreve nas cores, na composição e ousa muito pelo movimento.
No pano das telas e na pele dos metais, em tudo que assuma o risco e o pigmento, ela vem armando imagens de mais de mil palavras.
Jaques Brand
(poeta/jornalista) Catálogo/Exposição 1982
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